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Associação Rio Mira

 

A Associação Rio Mira tem por objectivo proporcionar aos seus membros condições de tempos livres num ambiente português, rico de experiências sociais e de contacto com a natureza, numa região do sul de Portugal que todos nós adoramos. Foi assim que a Associação se constituiu em 1987, ao adquirir uma quinta nos arredores de Odemira, perto do Rio Mira, e por conseguinte situada cerca de 200 quilómetros a sul de Lisboa e na proximidade de muitas praias espectaculares debruçadas sobre o Oceano Atlântico.

A Quinta do Bogalho, era em tempos uma exploração agrícola típica da região com 16 hectares. Actualmente, a actividade de produção é sobretudo orientada no sentido da manutenção e protecção da natureza, assim como para recreação dos membros da Associação. Todo o terreno faz hoje parte duma Zona Natural Protegida, e está plantado com laranjeiras, oliveiras, sobreiros e eucaliptos para além de outras árvores de fruto tais como figueiras, pessegueiros, limoeiros, pereiras e mais. A quantidade variada de pássaros que frequentam a quinta faz as delícias de todos os que se interessam por ornitologia. Um acordo com um proprietário local permite também que a quinta seja frequentada por cabritos e carneiros, contribuindo assim para a manutenção do terreno ; e uma fonte de água natural pura acrescenta uma nota idílica a toda a quinta.

As habitações e ruínas que lá se encontravam foram sendo progressivamente restauradas e equipadas com casas de banho, cozinhas e outras facilidades que proporcionam hoje alojamento para 30-40 pessoas, em condições bastante confortáveis. Ao todo, dispomos de um edifício para serviços e arrumações, e de 5 casas de habitação; e se bem que a Associação tenha actualmente perto de 75 membros - a maioria deles reside na Dinamarca contudo alguns deles são portugueses com residência em Portugal e Dinamarca - é sempre possível na prática dispor de alojamento, mesmo em períodos de férias. A boa vontade e a camaradagem desempenham certamente um papel importante para que isso seja possível.

Para além disso, a Associação dispõe de Estatutos e de um Regulamento que definem nomeadamente as linhas gerais de utilização da quinta e os direitos e obrigações dos membros, das suas famílias e de eventuais convidados (a tradução portuguesa destes documentos pode ser consultada neste web-site). A Assembleia Anual e uma ou várias Reuniões Gerais em cada ano, são os órgãos de decisão no que respeita a gestão da quinta e da Associação em geral; o Grupo Administrativo, eleito pelos membros, ocupa-se das questões quotidianas de administração. Vários outros grupos tratam de assuntos específicos tais como o planeamento, a construção ou a compra de equipamentos.

Os membros podem utilizar a quinta ao longo do ano de acordo com as directivas dos Estatutos, e os seus convidados são igualmente bem-vindos mediante uma modesta contribuição económica por dia de alojamento.

Há muitos anos temos tido um bando de carneiros para pastar o nosso terreno num acordo do

pastor Sr. Joaquim. Hoje o seu filho Sr. Telmo tem a vigilância diária. Os carneiros tomam conta de manter baixo as ervas. Cada Páscoa e Outono recebemos um cordeiro para grelhar e isso ficou um hábito atraente onde juntamos da noite para jantar, muitas vezes com os nossos sócios e amigos portugueses.

E por último, mas sem dúvida de importância capital, a Associação tem o privilégio de contar com uma família local representada pela família Silva Gonçalves. Depois da morte prematura do Sr. Leonel que toda a gente tem saudades de, a sua filha, Anabela Gonçalves e o seu marido, Carlos Martinho da Silva estiveram trabalhando para a Associação. A viúva do Sr. Leonel, a mãe da Anabela, Sra. Maria José Silva, ainda mora como a nossa vizinha mais perto.

A Anabela, que é professora de Informática em São Teotônio, está fazendo a nossa contabilidade em Portugal em colaboração com o nosso tesoureiro aqui na Dinamarca. Carlos, que é empresário em nome individual,   herdou muitos ofícios atrás de seu sogro como os problemas diários, que recebe os visitantes, trata do terreno e das casas, que corta a madeira necessária ao aquecimento das habitações e compra os artigos indispensáveis ao seu funcionamento para além de centenas de outras tarefas que são igualmente indispensáveis à manutenção e conforto de todo o conjunto. Em 2006-07 Carlos tinha a empreitada de reedificar as Casas Portuguesa e Mesinha e alterar as galinhas às habitações. E de fazer um campo de jogos para nós e os jovens da vizinhança. Esses trabalhos terminaram em Abril 2007 e ainda agradam os membros da Associação.

Carlos e a sua família desempenharem também uma função de vigilância e atenção permanentes a tudo o que se passa na quinta e representa a nossa ligação à comunidade portuguesa. A amizade com toda a família vem desde há muitos anos e a confiança que se estabeleceu resulta numa tranquilidade sem preço que a Associação e os seus membros desfrutam à distância.

 

Revisto, 28 de Março de 2008

Vagn P. Andersen